A Capitania dos Portos do Rio Grande do Sul, com sede em Rio Grande , interditou, hoje, 09, a lancha Princesa Daiana, da empresa Transribeiro, que atua no transporte de passageiros na travessia entre Rio Grande e São José do Norte. No início da noite de quarta-feira, quando fazia a travessia, a embarcação ficou à deriva por mais de 40 minutos com mais de cem passageiros a bordo, e precisou ser rebocada. A própria empresa providenciou o reboque. O incidente deixou vários passageiros assustados e a Capitania recebeu diversos telefonemas de pessoas que estavam na lancha e familiares destes. "Hoje (ontem), mandamos uma equipe de inspeção naval vistoriar a embarcação e vimos que ela não tem condições de navegar. Foi constatado que a causa provável do problema foi entupimento na bomba injetora de combustível, devido à sujeira - ferrugem - no tanque, que é velho", relatou o capitão dos Portos, Sérgio Correia de Vasconcelos. O capitão observou que a Princesa Daiana apresenta várias deficiências. A parte estrutural está muito ruim e o chapeamento do casco está corroído, entre outros problemas. "A Marinha não fiscaliza estética e conforto, e sim a segurança à navegação. Mas desta vez a estética interferiu nas máquinas. A interdição é uma medida necessária à segurança dos passageiros. A lancha precisa docar para reparar o chapeamento e trocar o tanque", salientou. A Capitania terá uma reunião com a empresa nesta sexta-feira, quando ela será notificada oficialmente. Conforme informado por Pedro Luiz Vaz Dourado, 59 anos, um dos passageiros que estava na lancha, a Princesa Daiana saiu da hidroviária do Rio Grande às 19h30min de quarta-feira, navegou em torno de 20 minutos e parou próximo ao canal de São José do Norte. "A lancha estava cheia de gente. Houve um princípio de tumulto, crianças e mulheres chorando. Depois, foram acalmados. Foi feita tentativa de rebocar a lancha com dois botes, mas não deu certo. Então, foi usada uma lancha da empresa, que rebocou a embarcação até São José do Norte. Chegamos lá às 21h", contou Dourado. Ninguém se feriu. O proprietário da Transribeiro, Manoel Ribeiro, disse que o entupimento ocorreu porque junto com o diesel cai areia e outros fragmentos no tanque, os quais descem para o cano de cobre por onde o diesel segue para a bomba injetora, e qualquer coisa a entope. Segundo ele, este problema já foi resolvido. Ribeiro afirma que a embarcação parou 25 minutos depois de iniciar a travessia, o rebocamento foi feito às 20h30min e, cinco minutos depois, a Princesa Daiana estava na hidroviária nortense. "Não foi às 21h", garantiu. No entendimento do proprietário da empresa, a embarcação não ficou à deriva e sim ancorada. Para o capitão dos Portos, se o motor não funciona, a embarcação está à deriva. "A ação seguinte é fundear (ancorar)", destacou Vasconcelos. Ribeiro também alega que a lancha tem pequenos problemas a serem sanados, os quais devem ser resolvidos nesta sexta-feira.
Fonte: Jornal Agora
Nenhum comentário:
Postar um comentário